Tuesday, February 15, 2005

Uma volta


‘A medida que se vai descendo a costa do Sri Lanka, para sul, de Colombo a Hambantota, a zona de destruicao vai aumentando em largura e intensidade.
Hambantota nao e’ mais do que um rasio total de distrocos, como ali tivesse detonado uma bomba atomica.
Deixo finalmente a costa, rumo ao norte, atravessando o interior montanhoso. Depressa a destruicao e’ substituida pelo verde intenso dos arrosais, apenas manchado aqui e acola’ de bufalos adormecidos pelo calor intenso que faz.
A paz e serenidade destas paisagens, fazem-me sentir uma certa culpa por deixar para traz as zones destruidas.
‘A medida que se vai subindo no terreno, a temperatura vai descendo mas as caras nunca perdem o calor dos sorrisos do sul.
As estradas sao bastante precarias e acompanham o declive natural do terreno pois as infrastruturas sao nao existents.
As distancias nao se medem em kilometros mas em horas de percurso, pois uma distancia de 50 km pode levar 4 ou 5 horas a precorrer em automovel.
Assim seguimos monte acima em direccao a Nwara Eliya, uma estancia de montanha dos tempos da colonizacao britanica.
De Nwara Eliya para Kandi atravessam-se as encostas de plantacoes de cha’, o famoso Cha’ de Ceilao.
Kandi, a antiga capital do reino Sinhalense, nunca conquistada pelos portugueses nem holandeses. Apenas caiu no control dos europeus com o dominio total de Ceilao pelos britanicos em 1815.
Ao sair de Kandi em direccao a Colombo, valeu uma paragem no jardim botanico de Peradeniya e no orfanato dos elefantes.
Logo mais chegarei de onde parti para completar esta inesquecivel volta.
Comigo, muitas memorias, muita emocao e 1500 fotografias que me dao a certeza de que esta volta nao foi apenas um sonho!

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