O mito do Rapaz do Bengaleiro do Frágil correu milhas intercontinentais, despertando tanta curiosidade, ao ponto de ter sido incluido no roteiro de Lisboa, nas visitas a nao perder.
As referencias ao tal rapaz nao paravam durante meses na blogosfera.
Comecou por ser uma atraccao pessoal, que inspirou cancoes de amor, chegou-se a propor-lhe candidatura 'as presidencias, a dedicar-lhe poemas, de amor, chamou-se-lhe pao, gato, chegou mesmo a haver tentativas timidas de contacto, continuava a fazer cantar de amor, tornado consciente a obcessao, e cada momento de espera ate' ao proximo encontro tornava-se num verdadeiro cold turkey... ate' que um dia:
Já não há nada ali que faça sentido, já nada vale a pena, nada o prende àquele lugar.
Tudo tem o seu fim e o rapaz do bengaleiro do Fragil ja era... (ou melhor felizmente eles ainda existem, o rapaz e o bengaleiro, mas nao juntos, como o mito os descrevia... O rapaz partiu para outra, melhor, esperamos para ele, e o bengaleiro do Fragil, esse esta' abandonado e sozinho 'a espera do proximo rapaz do bengaleiro.)
E finalmente o reconhecimento da realidade e o seguir em frente com as memorias e a sorrir para que a vida continue a acontecer:
Porque o meu coração é mesmo assim, grande como uma casa, onde cabe muita gente, onde há sempre lugar para mais alguém e onde toda a gente é bem vinda, assim venha por bem.
Assim foi a historia do rapaz do bengaleiro que nunca conheci, mas que me levou ao Fragil e sobretudo ao conhecimento do autor deste ja mito, o Astianax, que sabe que sonhar e' uma condicao necessaria e essencial para realizar os sonhos!
Descriptions and impressions acquired when travelling abroad... As viagens aqui blogueadas, sao percursos fisicos e mentais, feitos fora da minha terra...
Friday, September 09, 2005
Thursday, September 08, 2005
Noite de Gala no Teatro da Comuna
Ja ha algum tempo, ela me tinha atraido pela forma como expoe e defende as suas ideias no blogue que compartilha com outras trutas.
Ja em Dezembro passado no Porto, me tinham mencionado a sua voz de encantar, despertando em mim uma enorme vontade de ouvi-la.
Ate' que as energias do universo trabalharam a meu favor e ela iria estar em cena durante a minha ultima passagem por Lisboa, no teatro da Comuna com uma bonita peça de Fernando Gomes, Jekyll & Hyde.
Falei com ela ao telefone , mas nunca a tinha vista, nem sequer sabia qual era o papel dela nesta peça, porem algo me dizia que a iria identificar.
Chegou o dia D, ou melhor a noite N e dirigi-me ao teatro da Comuna. A entrada para a sala de espectaculos fez-se pelo bar e por um patio interior, onde estavam alguns actores, a acolher simpaticamente os espectadores. Olhava para algumas das actrizes presentes e imaginava se ela seria alguma delas, mas va la saber-se porque, tinha pouca conviccao que assim o fosse.
A sala estava com uma disposicao bastante intima, dando a sensacao ao espectador fazer parte da cena.
Foi durante a peça que a vi pela primeira vez, quando entrou em cena de imediato pensei que era ela e quando a sua voz se ouviu tive mesmo a certeza. Afinal o que diziam era mesmo verdade, uma Voz com Alma!
A peça foi espectacular, cheia de bons actores e de vozes incriveis, um enredo lindo com humor e com uma enorme carga emocional, senti-me um "Frederico Lourenco no Sao Carlos".
As cerca de duas horas, passaram-se num instantinho. Senti uma certa tristeza por ter de sair assim tao de repente das vidas de Jekyll e Hyde, mas depressa me lembrei que tinha marcado um encontro com ela no bar, depois do espectaculo. O bar da Comuna estava animado com os amigos e conhecidos dos actores, uma festa improvisada talvez, mas com um ambiente muito acolhedor.
Eu bem que a via ao longe a falar com as pessoas, mas decidi esperar para que o encontro fosse natural.
E foi, quando lhe foi possivel, veio ao meu encontro e a partir desse momento foi tudo muito natural e agradavel, as conversas, os topicos, os pontos de vista que de forma quase assustadora conciliavam como se fossemos do mesmo planeta.
Foi um dos pontos mais altos das minhas ferias, este encontro com ela - a actriz e cantora, Joana Manuel.
Ja em Dezembro passado no Porto, me tinham mencionado a sua voz de encantar, despertando em mim uma enorme vontade de ouvi-la.
Ate' que as energias do universo trabalharam a meu favor e ela iria estar em cena durante a minha ultima passagem por Lisboa, no teatro da Comuna com uma bonita peça de Fernando Gomes, Jekyll & Hyde.
Falei com ela ao telefone , mas nunca a tinha vista, nem sequer sabia qual era o papel dela nesta peça, porem algo me dizia que a iria identificar.
Chegou o dia D, ou melhor a noite N e dirigi-me ao teatro da Comuna. A entrada para a sala de espectaculos fez-se pelo bar e por um patio interior, onde estavam alguns actores, a acolher simpaticamente os espectadores. Olhava para algumas das actrizes presentes e imaginava se ela seria alguma delas, mas va la saber-se porque, tinha pouca conviccao que assim o fosse.
A sala estava com uma disposicao bastante intima, dando a sensacao ao espectador fazer parte da cena.
Foi durante a peça que a vi pela primeira vez, quando entrou em cena de imediato pensei que era ela e quando a sua voz se ouviu tive mesmo a certeza. Afinal o que diziam era mesmo verdade, uma Voz com Alma!
A peça foi espectacular, cheia de bons actores e de vozes incriveis, um enredo lindo com humor e com uma enorme carga emocional, senti-me um "Frederico Lourenco no Sao Carlos".
As cerca de duas horas, passaram-se num instantinho. Senti uma certa tristeza por ter de sair assim tao de repente das vidas de Jekyll e Hyde, mas depressa me lembrei que tinha marcado um encontro com ela no bar, depois do espectaculo. O bar da Comuna estava animado com os amigos e conhecidos dos actores, uma festa improvisada talvez, mas com um ambiente muito acolhedor.
Eu bem que a via ao longe a falar com as pessoas, mas decidi esperar para que o encontro fosse natural.
E foi, quando lhe foi possivel, veio ao meu encontro e a partir desse momento foi tudo muito natural e agradavel, as conversas, os topicos, os pontos de vista que de forma quase assustadora conciliavam como se fossemos do mesmo planeta.
Foi um dos pontos mais altos das minhas ferias, este encontro com ela - a actriz e cantora, Joana Manuel.
Wednesday, September 07, 2005
O Jantar
Foi no dia 26 de Agosto de 2005 e ainda parece que foi ontem. O encontro (massive blind-date) foi no Portas Largas.
Aí finalmente conheci, in persona, a protagonista Preciouzzz acompanhada dos restantes convidad@s: a Patricia, os H2omens, o Jonsi, o Urso, o Zoick, o Mx, o Tong Zhi, o Swatch, o Inixion, o Gazpar, a AV, o Hugo (que ja conhecia doutras andancas), o Tiago, o Pelourso, a minha manita e se calhar mais alguns e menos outros, pois associar caras a nomes e nicks, nao e' tarefa facil assim de repente num espaco fisico e tempo reduzidos, no meio de tanta capirinha e capiroska.
O encontro foi intenso, era a primeira vez que ia ver pessoalmente as pessoas, apesar de as conhecer virtualmente da blogosfera.
Senti que nao dei o suficiente a cada um@, mas tambem senti que tod@s compreenderam a situacao.
Aquela fim de tarde no Portas Largas foi apenas um abrir de portas.
Logo ali o Urso, abriu-me 3 janelas para a sua arte, material descrevendo as suas viajens de forma bastante original. Mais uma prova que o mundo e' pequeno, tinhamos feito viagens semelhantes e gostei de ver a forma como ele captou a mesma realidade, particularmente as suas aventuras no Laos.
Obrigado Urso!
O Jantar veio a seguir, (nao, nao foi uma banhada como a imagem o poderia eventualmente sugerir), foi numa tasca do BA, estava tudo optimo, em particular os quiejinhos e o vinho. Estava tudo tao bom que eu esqueci-me das boas maneiras sociais e nao arranquei pe enquanto o vinho nao se acabou, deixando passar a refeicao sem hablar com elas. Mas ai' mais uma vez a compreensao era estampada em todas as caras e eeu rendi-me e senti-me em casa.
No fim ainda me premiaram com o cheiro de Portugal. Que rica ideia, e' mais outra prenda interactiva, alias mais do que isso, entra pela alma adentro.
Ca' esta' aqui, o prefume a erva cidreira, tao vivo como se fosse la' aqui.
Dizem os entendidos que se trata de uma substancia que basta snifar para acalmar as saudades...
E como se tudo isto nao bastasse, ainda tiveram a gentilesa de registar estes momentos num caderninho, cheio de palavras sentidas, selado no final com um beijo da protagonista, a madrinha Preciouzzz.
Depois foi a corrida 'as tasquinhas do BA, pouco a pouco iamos naturalmente perdendo elementos e os que restaram foram conduzidos pela Preciouzzz, elle meme, ao Lux, onde a noite acabou com uma aurora linda de morrer:
Acabou-se o Jantar, acabou-se a noite, ia comecar o dia, ia comecar a amizade.
Mais blogo-reportagem deste Jantar no Tong Zhi, no Ditluitoi, no 'A volta da Fogueira, na Relojoaria e no Zoickarias e se calhar noutros sitios que eu ainda nao descobri.
Obrigado a Tod@s por esta ganda noite!
Aí finalmente conheci, in persona, a protagonista Preciouzzz acompanhada dos restantes convidad@s: a Patricia, os H2omens, o Jonsi, o Urso, o Zoick, o Mx, o Tong Zhi, o Swatch, o Inixion, o Gazpar, a AV, o Hugo (que ja conhecia doutras andancas), o Tiago, o Pelourso, a minha manita e se calhar mais alguns e menos outros, pois associar caras a nomes e nicks, nao e' tarefa facil assim de repente num espaco fisico e tempo reduzidos, no meio de tanta capirinha e capiroska.
O encontro foi intenso, era a primeira vez que ia ver pessoalmente as pessoas, apesar de as conhecer virtualmente da blogosfera.
Senti que nao dei o suficiente a cada um@, mas tambem senti que tod@s compreenderam a situacao.
Aquela fim de tarde no Portas Largas foi apenas um abrir de portas.
Logo ali o Urso, abriu-me 3 janelas para a sua arte, material descrevendo as suas viajens de forma bastante original. Mais uma prova que o mundo e' pequeno, tinhamos feito viagens semelhantes e gostei de ver a forma como ele captou a mesma realidade, particularmente as suas aventuras no Laos.
Obrigado Urso!
O Jantar veio a seguir, (nao, nao foi uma banhada como a imagem o poderia eventualmente sugerir), foi numa tasca do BA, estava tudo optimo, em particular os quiejinhos e o vinho. Estava tudo tao bom que eu esqueci-me das boas maneiras sociais e nao arranquei pe enquanto o vinho nao se acabou, deixando passar a refeicao sem hablar com elas. Mas ai' mais uma vez a compreensao era estampada em todas as caras e eeu rendi-me e senti-me em casa.
No fim ainda me premiaram com o cheiro de Portugal. Que rica ideia, e' mais outra prenda interactiva, alias mais do que isso, entra pela alma adentro.
Ca' esta' aqui, o prefume a erva cidreira, tao vivo como se fosse la' aqui.
Dizem os entendidos que se trata de uma substancia que basta snifar para acalmar as saudades...
E como se tudo isto nao bastasse, ainda tiveram a gentilesa de registar estes momentos num caderninho, cheio de palavras sentidas, selado no final com um beijo da protagonista, a madrinha Preciouzzz.
Depois foi a corrida 'as tasquinhas do BA, pouco a pouco iamos naturalmente perdendo elementos e os que restaram foram conduzidos pela Preciouzzz, elle meme, ao Lux, onde a noite acabou com uma aurora linda de morrer:
Acabou-se o Jantar, acabou-se a noite, ia comecar o dia, ia comecar a amizade.
Mais blogo-reportagem deste Jantar no Tong Zhi, no Ditluitoi, no 'A volta da Fogueira, na Relojoaria e no Zoickarias e se calhar noutros sitios que eu ainda nao descobri.
Obrigado a Tod@s por esta ganda noite!
Tuesday, September 06, 2005
Viagens na minha terra
Ainda nao aterrei a 100%, tenho a mente a voar algures entre Lisboa e Zurich ou talvez mais a oriente.
A relativa imobilidade fisica e' equilibrada pelo dinamismo mental da visualizacao das ultimas 2 semanas.
A viagem de regresso, apesar de ter comecado menos bem (detido por um securita do controle de passaportes - tripping on power - que nao me deixava partir para logo ser libertado por um agente da policia charmoso e bem educado) acabou por se revelar deliciosa, vivida a cada momento com a consciencia e pena da sua efemeridade.
A delicia nao se deveu apenas ao facto de ter umas vistas interessantissimas, la' fora (gosto do contraste do vermelho no azul ceu) e ca' dentro (a companhia do lado era a personalizacao dum sonho) mas sobretudo porque deu tambem para fazer o balanco mental do percurso fisico dos ultimos dias.
Todas as caras, todos os momentos, todas as vozes e palavras me veem 'a mente e misturam-se numa tela surrealista. Trago um pouco de toda a gente comigo, neste voo silencioso, perfumado dum aroma de erva cidreira.
Esta viagem nao foi tanto uma descoberta do desconhecido, mas mais um aprofundamento do familiar.
Foi o encontro com pessoas, das quais apenas conhecia os seus perfis psicologicos, projectados por elas mesmas e interpretados por mim. Foi agradavel a confirmacao do meu imaginario, como se estivesse a rever velhos amigos. Conheci um pouco melhor, pessoas dotadas de uma beleza interior que ja me fascinavam antes de as conhecer.
Foi uma viajem ao seio da essencia humana, uma dimensao que reconheco ser a minha zona confortavel, independentemente do espaco e das fronteiras onde a encontro.
E' com essa essencia humana que me identifico, me sinto na minha terra e neste sentido adopto em plenitude as palavras de Garret:
"Tenho visto alguma coisa do mundo, e apontado alguma coisa do que vi. De todas quantas viagens porém fiz, as que mais me interessaram sempre foram as viagens na minha terra."
João Batista Leitão de Almeida Garret
in Viagens na Minha Terra
Contactar com beleza interior e' viajar na essencia humana, e' de facto sentir-me no meu territorio e por isso estas ferias forma de facto uma viagem na minha terra.
E no fim, ainda a rever os ultimos momentos deste filme de emocoes, como se o universo tivesse reparado que lhe faltava o som para completar a obra, deparo-me com a Misia e gentilmente oferece-me aquela que viria a ser a banda sonora desta viagem, o seu ultimo album "Drama Box".
Obrigado a tod@s que contribuiram com os pedacos desta viagem na minha terra, guardada agora de forma tao viva com imagens, memorias, cheiros e sons.
A relativa imobilidade fisica e' equilibrada pelo dinamismo mental da visualizacao das ultimas 2 semanas.
A viagem de regresso, apesar de ter comecado menos bem (detido por um securita do controle de passaportes - tripping on power - que nao me deixava partir para logo ser libertado por um agente da policia charmoso e bem educado) acabou por se revelar deliciosa, vivida a cada momento com a consciencia e pena da sua efemeridade.
A delicia nao se deveu apenas ao facto de ter umas vistas interessantissimas, la' fora (gosto do contraste do vermelho no azul ceu) e ca' dentro (a companhia do lado era a personalizacao dum sonho) mas sobretudo porque deu tambem para fazer o balanco mental do percurso fisico dos ultimos dias.
Todas as caras, todos os momentos, todas as vozes e palavras me veem 'a mente e misturam-se numa tela surrealista. Trago um pouco de toda a gente comigo, neste voo silencioso, perfumado dum aroma de erva cidreira.
Esta viagem nao foi tanto uma descoberta do desconhecido, mas mais um aprofundamento do familiar.
Foi o encontro com pessoas, das quais apenas conhecia os seus perfis psicologicos, projectados por elas mesmas e interpretados por mim. Foi agradavel a confirmacao do meu imaginario, como se estivesse a rever velhos amigos. Conheci um pouco melhor, pessoas dotadas de uma beleza interior que ja me fascinavam antes de as conhecer.
Foi uma viajem ao seio da essencia humana, uma dimensao que reconheco ser a minha zona confortavel, independentemente do espaco e das fronteiras onde a encontro.
E' com essa essencia humana que me identifico, me sinto na minha terra e neste sentido adopto em plenitude as palavras de Garret:
"Tenho visto alguma coisa do mundo, e apontado alguma coisa do que vi. De todas quantas viagens porém fiz, as que mais me interessaram sempre foram as viagens na minha terra."
João Batista Leitão de Almeida Garret
in Viagens na Minha Terra
Contactar com beleza interior e' viajar na essencia humana, e' de facto sentir-me no meu territorio e por isso estas ferias forma de facto uma viagem na minha terra.
E no fim, ainda a rever os ultimos momentos deste filme de emocoes, como se o universo tivesse reparado que lhe faltava o som para completar a obra, deparo-me com a Misia e gentilmente oferece-me aquela que viria a ser a banda sonora desta viagem, o seu ultimo album "Drama Box".
Obrigado a tod@s que contribuiram com os pedacos desta viagem na minha terra, guardada agora de forma tao viva com imagens, memorias, cheiros e sons.
Monday, September 05, 2005
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