De repente, por detraz dos cumes brancos das montanhas, emerge um vale verde por onde se espalhava um casario castanho

e arrumada a um canto, la' estava a pista que nos iria receber - chegavamos assim ao vale de Kathmandu.
O taxi que me trouxe do aeorporto, deixou-me 'a entrada da praça de Durbar.

'A medida que caminhava atravessando a praça, apoderava-se de mim uma sensacao de estar a recuar no tempo.

Ao entrar nas ruas, essa sensacao aumentou, convencendo-me que tinha acabado de chegar a uma cidade do oriente, algures na idade media.

Estava sem duvida, num autentico museu vivo.


Os edificos, os templos, os palacios,


as pracas, as ruas e ate' as proprias pessoas pareciam-me doutra epoca.


Estava imerso num encantamento mistico.

E ali permaneci, assim durante algum tempo a admirar o que via e a viver o que sentia, com a consciencia de que a magia daqueles primeiros momentos de tal descoberta, se acabaria por desvanecer...

Em Abril 2006, o povo do Nepal sai 'as ruas e tal como os Portugueses o fizeram em Abril de 1974, pede democracia. Contrariamente ao que aconteceu aos Portugueses, os Nepalenses nao teem o apoio do exercito, que sob o comando desse rei autocratico, carrega violentamente, castiga e amordaça a voz da democracia.
Ontem, infelizmente as ruas de Kathmandu nao transmitiam a magia sentida em Abril de 2000.
A paz e serenidade de entao, so' poderam voltar 'as ruas de Kathmandu quando o povo do Nepal conquistar a democracia que merece!
Resta a esperanca de que isso aconteca muito em breve.
Post dedicado aos que lutam pela democracia no Nepal.
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