O silencio das paisagens e’ gritante. Apodera-se de nos, como se realmente ali fosse a terra dos deuses e de mais ninguem.
Mas quando menos se espera e de muito menos de onde sai, a vida aparece e faz-nos lembrar que a terra dos deuses, e' tambem a terra onde os homens nem o pao que o diabo amassou, comem.
E' incrivel, a forma como este povo se adapta 'as condicoes quase inabitaveis do terreno e do clima. Este povo que sobrevive de forma corajosa tal como os seus antepassados o fizeram, sem muito ligar a quem diz que os governa porque eles sabem que so' com eles proprios e' que podem contar... para sobreviver.
E ia assim a pensar tao lentamente 'a medida que a nossa barcaça ia deslizando nas agua do rio Brahmaputra, a caminho do mosteiro Samye, quando de repente se avista uma outra barcaça carregada de peregrinos. Uma ilha de vida imovel e silenciosa, encalhada no meio do rio onde as aguas eram menos profundas.
Olhares silenciosos que nos atingem de curiosidade.
Depressa perceberam que os iamos ajudar e a apreensão foi substituida por sorrisos,
contagiando-os a todos em celebração
E assim, deslizando pelas aguas do Brahmaputrala', seguimos todos juntos como uma familia, num ambiente de arraial, a caminho do mosteiro Samye.
Ate' ai' nao tinha nenhuma razao em especial para ter ido visitar Samye (afinal ha' tantos msoteiros budistas em tanta parte do Tibete), mas depois deste encontro, fiquei contente por estar la' no momento em que alguem precisou de mim.
Dar boleia a alguem que fica encalhado na vida, e' tao gratificante para esse alguem como o e' para nos mesmos...
A seguir, no proximo post chegaremos finalmente ao mosteiro Samye.
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