A experiencia vivida nestes ultimos dias no Cambodja, estava intimamente a mexer conosco. Varias vezes falavamos do assunto com vozes de admiracao e todos concordavamos que traziamos conosco uma serenidade desconhecida e so ali encontrada. Talvez fosse o cansaco de tanto absorver coisas novas, do contacto tao proximo de uma realidade completamente desconhecida ou da constante excitacao para o que viria a seguir. O efeito sabia bem e era isso que interessava naquele momento.
Partimos bem cedinho ainda de noite, antes do Sol nascer, pois disseram-nos que se O vissemos nascer em Angkor Watt, compreenderiamos o porque de tanta insistencia...
Hoje era o grande dia, antecipado por nos, como o climax da nossa viagem, era o dia em que iamos visitar o Angkor Watt, o templo principal e maior da capital do imperio Khmer, construido no sec.XII e 800 anos depois viria a ser o icon do pais tornado-se na bandeira nacional do Cambodja.
‘A medida que nos iamos aproximando das ruinas de Angkor, o negro do ceu ia dando lugar a uma diversidade de cores das familias vermelho-laranja-amarelo. O espetaculo era tao absorvente que por momentos esqueci completamente onde e porque estava ali. Era o ceu, o palco que me prendia todos os sentidos.
Foi durante esta celebracao da natureza que avistei a silhueta de tres torres e duas palmeiras, num arranjo quase prefeitamente simetrico - era finalmente o Angkor Watt.
Paramos a motorizada e contemplei o momento, o que via e o que sentia era demasiado bonito e surreal, estaria eu a tripar noutras dimensoes - cheguei a pensar - mas nao, estava ali e aquilo estava a acontecer. Rendi-me e agradeci a tudo o que me aconteceu na vida, de bom e de mau, tudo que me levou a um percurso culminante neste momento de magia.
Em extase nao, mas intensamente maravilhado fui caminhando numa passarela de pedra em direccao ‘a entrada principal. Fosse eu capaz de pintar quadros com palavras, explicaria aqui o que ia sentindo ‘a medida que os meus pes pousavam alternadamente naquelas pedras e os meus olhos brilhavam constantemente, pousados naquele momento.'A falta dessa arte, digo simplesmente que era magia.
Apos 800 metros de efeitos especias sobre pedras de 800 anos, chego ‘a entrada do templo. O sol ja se avista, penetra horizontalmente nas suas aberturas enchendo-o de vida. Os relevos e texturas ganham uma 4a dimensao e acompanham os principes e princesas que sobressaim das paredes, em dancas de luz e de sombra.
Ficam aqui algumas fotografias que talvez deiam uma ideia daquilo que senti.
Quando nos voltamos a reunir (pois decidimos fazer esta visita, separdos, a sos), todos concordamos em unisono: Em Angkor Watt sente-se magia no ar!
photos by me @ Angkor Watt - Feb.1996
Este Post e’ dedicado ao Juanito que me o tinha pedido ‘a uns meses e ao Monastero que disse que nao iria gostar mais de mim se eu lhe confirmasse que tinha ido a Angkor, ‘a Elvira que e’ asia-addicted e a tod@s que por aqui passarem.
Bom Fim de Semana
Na Segunda feira nao perca o ultimo episodio desta serie:
Tripping in Cambodia - part VI e ultima – People of Cambodia
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