Friday, December 22, 2006

Tuesday, December 19, 2006

Preparacao para os saltos...

O treino sendo essencial, nao e' suficiente para garantir um bom salto.
A preparacao nos momentos que o antecedem tambem irao influenciar o seu sucesso.

Assim se passa com os saltos acrobatas bem como os saltos que se dao na vida!

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A caminho...

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Aquecimento...

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Preparacao...

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Concentracao...


photos by Nic @ 15th Asian Games, Doha - Qatar, Dec.2006
(ateletas de salto acrobatico representantes de (ordem das fotos) Taiwan, Vietnam, Uzebakistao, Coreia do Norte e Arabia Saudita)

Monday, December 11, 2006

Cidade Obra

Como ja’ referido aqui, estao a decorrer os 15 Jogos da Asia, competicoes olimpicas entre os paises da Asia. E’ a primeira vez que um evento deste genero e’ organizado e esta’ a decorrer num pais do Medio Oriente.
Para poder acolher este evento, a cidade de Doha sofreu remodelacoes radicais, tendo sido quase toda reconstruida nos ultimos 3 a 5 anos. Deitaram-se abaixo casarios velhos, para se construirem edificios novos e alargarem-se as estradas existents e abriram-se novas vias rodoviarias.
Para alem deste necessario amelhoramento e modernizacao, a exploracao do petroleo e da relativamente recente descoberta da enorme fonte de gaz natural, bem como a vontade de competir com a vizinha Dubai, provocou em Doha um crescimento descabido em todas as areas da cidade, transformsando-a num dos maiores estaleiros de obra do mundo. Junto ao mar, numa extensao de 4 a 5 kms, erguem-se em simultaneo, dezenas de torres e arranha-ceus, aparentando ao longe, ‘a noite ou ainda em campanhas de promocao do pais, uma verdadeira metrople cosmopolita. Na realidade, nao passa duma gigantesca obra, nao acabada ‘a tempo para poder ter sido abertamente exibida ao mundo, durante o periodo em que decorrem os Jogos da Asia.
As novas estradas foram planeadas na velha escolha, que nao teve em consideracao o transito infernal que as circula. Foram construidas rotundas em vez de semaforos e o transito esta’ constantemente bloqueado nestes muitissimos pontos da cidade. Com a percepcao do erro, tentaram-se substituir as rotundas por semaforos, mas como nao se acabaram as obras antes do inicio dos Jogos da Asia, optou-se por colocar semaforos em rotundas, como se um cruzamento normal se tratasse, o que veio obviamente piorar a situacao.
Os mapas da cidade disponiveis mostram estradas que ainda nao existem ou nao foram acabadas. As que foram acabadas nao teem qualquer sinal de indicacao, nome ou direccao, sendo a conducao aqui so possivel, por instinto ou aprendizagem com erros constantes. As novas vias, sendo de 3 a 6 faixas de rodagem permitem velocidades mais elevadas e sao frequentemente utilizadas pelos locias como se fossem pistas de Formula1.
Chegamos entao ‘a aldeia olimpica. Ai’ as zonas perifericas, nao foram acabadas nem acessos seguros (tuneis ou pontes aereas) foram previstos, obrigando as pessoas a estacionar em terrenos baldios e atravessar a pe’ estaleiros de obras e vias rapidas em jeito de auentica missao suicida. Dentro da aldeia olimpica, o trabalho aparente estar mais ou menos acabado, mas mais uma vez ai’ faltam as infrastruturas e os services de apoio aos vistiantes. As casas de banho sao rarissimas e quando as ha’ nao estao dimensionadas para o espaco onde se inserem. Nao e’ permitido levar qualquer tipo de comida (ate’ os rebucados tiram ‘as criancas) nem de bebida e pontos de venda de comida ou sao rarissimos e basicos (apenas vendem cholocolaates batatas fritas e refrigerantes) ou mais habitual, nao existem mesmo.
O pessoal que circula no recinto de fato treino amarelo, destinam-se a prestar apoio ao publico, mas a maior parte das vezes que experimentei os seus services, ou fui mal informado ou entao nao sabiam mesmo a resposta. A maioria sao pessoas da India, Sri Lanka e Filipinas (por habitualmente falerem razoavelemente bem a lingua inglesa). Existem tambem alguns ocidentais (os que dirigem a “orquestra por traz do palco”) que me confessaram que ninguem teve formacao para o posto que ocupam.
A razao porque registo isto aqui, e’ simplesmente porque os media comunicam constantemente a toda a hora, a impecavel organizacao e condicoes em que estao a decorrer estes jogos, as extraordinarias instalacoes desportivas e alojamento dos ateletas e lanca autentica campanhas de propaganda, promovendo estes jogos comos os maiores e os melhores organizados ate’ a data. Segundo os media, tudo e’ perfieito para alem das expectativas, tudo ficou pronto, bonitinho e funcional. Toda a gente esta’ tao contente, mas mesmo tao contente que ate’ ja’ se fala que Doha vai apresentar candidatura aos Jogos Olimpicos de 2016!
Fico chocado quando oico esta lenga lenga na radio, e estou em engarrafamentos de transito, por vezes 1 ou 2 horas, ou me perco porque a estrada deixa de o ser, acabando abruptamente e sem aviso previo num estaleiro!
Como e’ possivel tantos paises e medias estarem aqui representados e nao haver um jornalista que faca uma reportagem honesta ‘a cerca das condicoes em que estes jogos estao a decorrer!
Falhar e’ humano e deveria-se desculpar quando se sabe ‘a partida que se esta’ a tentar construir um pais desenvolvido em pleno deserto paisagistico e academico.
Tudo seria aceitavel, se houvesse um pouco de mais sinceridade!
Quanto ‘as instalacoes desportivas foram acabadas a tempo e as competicoes estao a decorrer na sua normalidade. As medalhas, essas vao na sua esmagadora maioria para o sudeste Asiatico, ou seja China, Japao e Coreias. Os paises do Medio Oriente, nao teem ateletas na maior parte dos desportos e quase que nao teem ateletas femeninas.
Nos proximos posts tentarei colocar aqui fotos dalgumas competicoes, entretanto ficam aqui algumas fotos ilustrativas do estado da cidade-obra.

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Zona periferica da aldeia olimpica

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Zona periferica da torre da chama olimpica

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Acessos 'a aldeia olimpica

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Estacionamentos publicos


photos by Nic @ Doha, Qatar - Dec.2006

Friday, December 08, 2006

Visoes de Qatar

Esclareco que tudo o que aqui tenho escrito nao e' uma critica 'a cultura nem religiao locais, mas sim ao comportamento social. A cultura arabe e' sem duvida uma cultura fascinante. Importa tambem salientar que a cultura arabe tem variacoes consoante a regiao, pais, tribos, etc. Por exemplo e em termos gerais, as culturas arabes do Norte de Africa, sao distintas das culturas arabes do Medio Oriente. Aqui as culturas arabes Magrebinas, sao consideradas como "ocidentalizadas". Justifica-se assim as diferencas visiveis na forma das pessoas se vestirem e agirem socialmente.
Isto foi apenas uma breve explicacao para as questoes que me tinham deixado na caixa dos comentarios.
E' notorio uma ausencia de fotografias neste blogue em relacao 'aquilo que eu habitualmente fazia. Para alem das dificuldades em postar, tambem ha' barreiras locais que nos impedem de fazer fotografia livremente. Na prmeira semana aqui, lembrei-me de tirar umas fotos ao edifico onde trabalho e em consequencia disso fui detido para ser questionado e fiquei com um registo desse acontecimento. O edifico nao tinha qualquer sinal de proibicao de fazer fotografia e para alem disso tratava-se do edifico onde estou todos os dias. A reaccao dos agentes de seguranca foi descabida e exagerada, tratando-me e classificando-me como um caso suspeito. A partir desse episodio infeliz, deixei de andar com a maquina fotografica e de fazer qualquer fotografia. Mais tarde, disseram-me que nao haveria problema desde que nao fotografasse edificios do governo. Com o tempo hei-de aprender a movimentar-me nesta neblina cinzenta.
Entretanto estao a decorrer os Jogos Olimpicos da Asia, aqui em Doha e tudo e' trabalhado de modo a dar uma imagem dum pais normal. Aproveitando-me desta fachada, visitei a aldeia olimpica e nesse espaco com estatuto especial para os estrangeiros, fiz entao algumas fotos.
tratam-se de Mulheres de Qatar, vestidas tradicionalmente. A maioria veste-se desta forma constantemente, inclusivamente (as poucas que trabalham) nos postos de trabalho:

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photos by Nic @ Doha, Qatar - 6 Dec.2006

Monday, December 04, 2006

impressoes...

Obrigado a tod@s que me visitam aqui no blog e decerta forma me fazem companhia aqui nesta terra hostil.
Deixei de me queixar, nao porque as coisas melhoraram, apenas porque me rendi 'a evidencia que aqui e' assim e que por muito desumano que seja (e e'), nada poderei fazer para o mudar, a nao ser virar as costas.
Ja pensei em o fazer varias as vezes e ate' o fiz mesmo. Num acto de quase de desespero consegui recuperar o meu passaporte, obter um visto de saida e partir uns dias para Hong Kong, para ponderar e me preparar um pouco melhor para regressar e enfrentar o que aqui nos espera. Regressei porque acredito que as conquistas da vida resultam do vencimento de desafios que ela nos lanca. Tento sempre ir em frente e aprender com as dificuldades que vou encontrando e nunca desistir nem voltar atraz. Hoje continuo ainda a esforcar-me ao maximo, para que aqui, nao seja obrigado a optar pela excepcao.
Como me dizem, se vim parar aqui foi por alguma razao e por isso nao me quero ir embora sem a descobrir.
Nao era e nem e' minha intensao utilizar este espaco para um diario pessoal, mas sim de registar e compartilhar observecoes e vivencias experimentadas, focando no objecto e nao em mim, mas neste periodo de "choque" inicial e' mesmo dificil se nao impossivel de separar o que vejo e experimento e o impacto disso na minha pessoa.
Saliento que tudo o que aqui escrevo, e' baseado a partir do meu contacto directo. Trata-se apenas das minhas impressoes, do meu modo de ver e de sentir este pais, tao particular e distinto de todos os outros que por la' passei.
Comeco pela imagem que eu fui construindo deste pais antes de chegar ca. Qualquer pessoas que tenha acesso 'a internet e fazer uma pesquisa de websites de Qatar, ficara' com uma impressao generica de que se trata de um pais riquissimo, desenvolvido e bastante modernizado. Ficara' tambem decerto com a impressao de que e' um pais bastante ocidentalizado para um pais do Medio Oriente. Quem vir as companhas de promocao deste pasi, que passam na CNN e agora tambem na Algeciras (incrivelemente que pareca, sedeada aqui em Doha), essas impressoes confirmam-se e ate' se intensificam.
Quando se chega aqui, logo no aeroporto, ha' algo que nos deixa desconfortaveis e nos faz ponderar. O ar hostil e aterrador dos oficiais de imigracao faz-nos sentir que nao somos benvindos e que chegamos a um campo de concentracao militar. Fui recebido com um olhar de odio e depois com um arremesso abrutalhado do passaporte e documentos para cima do balcao. Logo ai' me perguntei se o que tinha "captado" 'acerca deste pais, atraves da internet e medias, corresponderia 'a verdade. Antes de sair do terminal, as minhas desconfiancas iam aumentando. Foi ai' que tive impressao que estava num pais a preto e branco. As mulheres cobertas da ponta dos pes 'a topo da cabeca de negro. Algumas nem abertura para os olhos teem, outras apenas dois buracos para os olhos e outras a car exposta geralmente extremamente maquilhada. Os homens de tunicas brancas com veus brancos na cabeca, coroados com um aro negro. Ate' aqui tudo bem. A meu ver sao formas de vestir inadequadas aos tempos de hoje, mas tudo bem.
Em pouco tempo descobri e confirmei que quase tudo o que tinha visto na internet e' cuidadosamente fabricado para que seja apetecivel aos olhos dos ocidentais. Ate' a imagem do centro da cidade, que parece Manhatan, e' falsa. Esta parte da cidade nao existe ainda, e' uma obra apenas. Crescem em kms de areal umas dezenas de torres que sao cobertas com panos e iluminadas 'a noite para parecer uma cidade viva 'a noite. E' mentira, alias como a maior parte de tudo que se diz daqui oficialmente. A Algecira e' uma concorrente da CNN que recentemente comecou a emitir em ingles a partir de Doha mas esta' proibida como todas as outras cadeias locais e jornais de dizerem qualquer coisa que seja de negativo 'a cerca do pais.
Nao ne vou alongar mais, nesta area, se der voltarei ao assunto num post sobre os media aqui.
Basicamente este pais era povoados por meia duzia de beduinos nomadas ate' que nos anos 50 se descobriu petroleo e recentemente uma das maiores reservas de gas natural. Recentemente a pouco mais de uma decada ou duas, a exploracao do petroleo passou a ser controlada pelas autoridades locais (ou seja pela familia em poder em controle absoluto politicamente e economicamente) e apos uma overdose e um enorme empanturramento de dinheiro, depois de ser ter tudo o que era preciso e desnecessario, palacios dourados e outras coisas mais, sob a direccao anonima duma das esposas do manda chuva ca do pais (que nem sabe ler nem escrever bem) comecou-se a construir o pais pela fachada (bem 'a maneira dos costumes locais).
Trata-se de um pais que projecta e vende a imagem de "world class" e no fundo e' pior que um pais pobre do 3o mundo, pois aqui nem o servico humilde e minimo encontrado em paises do 3o mundo, existe por detras da fachada. Fachada essa tao fragil, que nem do aeroporto passa!
Houve distribuicao de dinheiros pelos locais. Assim foram dados enormes quantidades de dinheiro a um povo que nao tinha educacao e que nao sabia valorizar nem nunca precisou aprender a valorizar nada na vida tao pouco a vida de outros principalmente infieis e furasteiros de segunda.
O que se ve hoje em Doha, e' um horror em termos humanos. Imaginem pessoas ignorantes, rudes, agressivos, obcecados, controladores e controlados, castradores e castrados por uma religiao que nao os deixa pensar para alem de regras indiscutivelemente impostas. Imaginem tambem estas pessoas serem podres de ricas, carregados de dinheiro e de toda a luxuria material sem um pequeno vestigio de tracos humanos. Imaginem que tipo de pais se pode formar com este tipo de pessoas.
Este post ja vai longo demais, e poderia estar aqui dias e dias a escrever, em resultado do choque que se tem ao contactar de perto por tais aberracoes humanas.
Decerto que isto e' apenas um lado que me parece o mais visivel nesta cidade. decerto que havera' (oxala') as excepcoes e oxala' que ela sejam muitas e que eu so tenho tido encontro com o pior desta sociedade.
Vou salvaguardar e ficar 'a espera de um dia poder vir aqui escrever um post a corrigir o que aqui escrevi, mas por enquanto, sem quere ser negativo d eforma gratuita, afirmo que neste pais, os valores que aqui encontrei foram: a mentira, a hipocresia, o desrespeito total por outros, a agressevidade e um fanatismo religioso que disfarca a verdadeira religiao deste pais: dinheiro!

PS. O acesso 'a internet e' bastante limitado. No trabalho so terei internet daqui a umas semanas (e' o que me dizem quando pergunto) e quando tiver sera' condicionada e restringida a sites relacionados com o trabalho (oh liberdade!!!). Em casa, (bem e' uma sorte em ter arranjado casa e ftive que pagar uma burla), tenho que esperar por sei o que o que quer dizer segundo eles umas 8 semanas, oxala' dizem eles...grrrrr. Tudo aqui e' controlado por um monopolio, ou seja o governo ou seja a tal familia.
Isto para dizer que de vez em quando venho aqui a este espaco publico. nao sera necessario dizer que a internet e' lentissima e as condicoes ambientais sao pessimas. Nao tenho concentracao, canso-me e os posts nao saem ou saem a confusao que talvez tenha sido este. Nem os leio depois porque me quero por a milhas daqui.
Tudo isto para dizer que daqui a 8 semanas oxala', tudo voltara' ao normal porque me dedicarei a ficar em casa.

desculpme estas lamurias
um abraco
:)

Saturday, November 25, 2006

Obrigado

So muito rapidamente para agradecer a tod@s que me deixaram mensagens simpaticas na caixa dos comentarios.
Nao tem sido facil, mas estou bem. Comeco a ver a luz la' no fundo do tunel e em breve espero puder sair desta fase negra (oxala').
Ja arranjei casa (quase um mes depois de aqui chegar) mas ainda nao tenho internet nem acesso facil a cybercafes.
Logo que a tempestade acalmar, retomarei a minha rotina aqui no tripping. Tenho imenso para contar deste pais muito muito particular...
um grande abraco a tod@s
nic

Sunday, November 05, 2006

Tripping out of my space

Tambem, estava a ver que nao me deixavam carregar o blogger... dasse, isto sou ou estou mesmo num inferno. ha momentos que me esqueco que ainda continuo no planeta terra e que tudo isto nao passa dum pesadelo... mas o pior e' que nao ha' meio de acordar. Ate' me parece muito inapropriado vir para aqui agora com lamurias. Nao foi que nao me tivessem avisado, e que eu ate' tinha alguns pressentimentos, mas nunca pude imaginar que fosse assim tao dificil de tolerar o que me rodeia aqui.
Faltam-me as enegias para teclar e mais ainda para pensar com clareza, mas em poucas palavras, encontrei aqui tudo aquilo que nao procuro, evito e rejeito, na vida.
Talvez se deva, 'aquela fase a que eu graciosamente, um dia em Taiwan aqui designei num post, de "periodo de resistencia". A fase pela qual passamos quando chegamos a um pais novo, apos o periodo inicial da descoberta do desconhecido, quando ainda tudo nos parece engracado e diferente, a que eu tambem aqui designei de "lua de mel".
Mas caramba, a lua de mel nunca se deu, e aquilo pelo que estou aqui a passar e' mais uma auto-defesa do que resistencia. Poderia estar para aqui a teclar o dia todo, mas faltam-me mesmo as energias. So para dar alguns exemplos, que talvez ate' nem sejam os piores, o transito aqui e' de loucos, quem nao tem carro ou conduz, nao tem lugar nas ruas. Os semaforos sao quase inexistentes e quando existem, sao apenas para os carros. Cada travessia duma rua, e' quase uma tentativa de suicidio. O calor, esse ja' era esperado, e' literalmente abrazador, e e' so' assim porque os dias ja' estao "menos quentes". As pessoas, dividem-se entre muitos grupos, mas quase todos aprenderam e adaptaram-se 'as condicoes locais - e' na verdade essencial ser-se agressivo para tudo, ate' para caminhar. Este ambiente cria monstros, e logo de pequeninos se nota a brutalidade dos gestos e posturas. E' demasiado violento para qualquer ser humano que chegue aqui vindo de qualquer sitio e muito mais ainda talvez quando se veu de culturas onde o zen era a filosofia de vida. Hong Kong, comparado com isto, e' uma paisagem do Tibete!
Nao me vou adiantar mais na descricao das pessoas, pois talvez esteja a ser injusto, generalizar do modo que estou a fazer. Apenas queria salientar, como ignorante que sou, que me mete imensa impressao ter que olhar para mulheres completamente cobertas de negro, com tanto calor, e muitas delas afinal nem os buracaos para os olhos teem. Nao sei como hei-de reagir em muitas situacoes. como por exemplo quando seguro a porta a uma senhora e lhe sorrio, nao sei o que se passa por detraz do pano preto. Tento enxergar o contorno do rosto, mas sinto que ha medo do outro lado do pano e fico sem saber se fiz bem ou se fiz mal. Mete-me impressao de ver as mulheres todas cobertas de negro nos corredores do supermercado e os filhotes 'a procura de qual vulto negro e' a mae. Mete-me impressao ver constantemente a mesma coisa, elas de negro e eles de branco, elas ataz e eles 'a frente, mete-me impressao e nao sei se hei-de olhar, de sorrir ou de fechar os olhos a tudo e olhar para o chao. Nao sei como hei-se ser aqui, so sei que nao sou que sao aqui. Mete-me impressao trabalhar com uma mulher, colega a fazer o servico de secretaria e de nao saber como ela e', nem as expressoes faciais que ela faz. Se ela sorri ou se ela se assusta, pois so lhe vejo os olhos e nao consigo ler mais nada, para alem de medo. Nao sei se me vou habituar a isto tudo e a muito mais que nao vou ter energias para aqui deixar escrito.
Sei neste momento, que a onda de negativismo e' demasiada e tenho consciencia de que isso me esta a afectar a forma como eu me tento defender deste novo mundo, que aparentemente nao me parece que tem algo a haver comigo.
Sei que do outro lado do muro, ha' um desrto fantastico e sei se eu tivesse tido a sorte de ter la iniciado a minha estadia neste pais, talvez me preparasse melhor para tudo isto que eu estou a ter dificuldades em aceitar.
Para ja', sei que vou ter de arranjar maneira de me por a milhas e de ir reflectir longe daqui se quero continuar este desafio a que me sujeitei e, reconheco agora, para o qual nao me preparei, minimamente.
Tenho que arranjar maneira de conseguir obter um visto de saida, (sim ate' para isso nos controlam, mas disso falaremos um dia). Ainda nao decidi se vou levar tudo comigo, porque talvez esteja so a passar um periodo de adaptacao dificil e o trabalho e' de facto aliciante, talvez o pico da minha carreira.
Vou ter que ponderar e arquitectar um plano de accao, e tudo havera' de correr bem.
Posto isto, para quem me le, meus amigos, eu estou bem, numa trip ma', mas estou bem e vai ser muito giro um dia eu gozar comigo mesmo, pela forma patetica com que eu lidei com esta situacao.
Ate' parece que o nomme deste blogue, foi inspirado neste episodio da minha vida!
Ate' ja', oxala', como estes gajos para aqui dizem a toda a hora que ate' irrita.

Saturday, October 28, 2006

Gentes a preto e branco

Eram pouco mais da meia noite quando aterrei em Doha, capital do Qatar.
A primeira ideia que tive quando entrei no terminal do aeroporto, era que tinha chegado a um pais de gente preto e branco. Eles vestem-se de tunicas brancas ate' aos pes, com um lenco branco na cabeca. Elas de preto dos pes 'a cabeca, muitas com apenas duas aberturas do tamanho dos olhos. Ha' no entanto algumas mulheres que teem a cara exposta e quando isso acontece, paraec que usam essa pequena area do corpo para ai' se exprimirem tudo o que podem, usando maquilhagem mais apropriadas par um palco ou tela.
'A saida estavam 'a minha espera com um cartaz com o meu nome. Conduziram-me a um hotel, guardaram-me o passaporte e documentos e foram-se embora.
Ninguem sabia quem e quando me iriam contactar.
Sao 15:35 horas locais e a situacao ainda nao mudou.
Entretanto, aventurei-me e sai 'a procura dum multibanco. O calor e' como numa tarde quente dum dia de Agosto, algures no Alentejo. O cenario nao e' bonito. Quase que nao ha' verde, apenas poeira e obras. O pais esta a ser todo reconstruido, para os Jogos da Asai, que terao lugar aqui, a partir dos fins de Novembro.
Por enquanto, nada mais a assinalar, apenas que a imagem das gentes a preto e branco se confirma um pouco por todo o lado.
Ate' ja'.

Doha, 28 de Octobro de 2006

Friday, October 27, 2006

Voltarei em breve...

As primeiras impressoes de Taiwan, ha 4 anos quando aqui cheguei,
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Quatro anos depois, vejo que nao errei mas longe estava de adivinhar o quao verdade eram essas impressoes.

Ate ja...



photos by Nic at Taipei, Jul 2002

Monday, October 16, 2006

Ultimos minutos...

Este e' o ultimo post, escrito neste teclado que me pertenceu durante os ultimos 4 anos. Hoje e' o meu ultimo dia de trabalho aqui em Taiwan.
Desnecessario sera' de descrever, o desconforto que se sente ao deixar algo que preencheu durante muito tempo, uma grande parte das nossas vidas.
Mais uma interrupcao, mais um limbo de transicao para se seguir mais uma adaptacao e integracao. Enfim, mais um retalho de vida que aqui se completa.
Emocoes 'a parte, a vida - oxala' - nao acaba aqui ainda. E' preciso continuar o caminho que nos foi destinado.
Inevitavelmente, esta interrupcao da rotina, teve o seu impacto a todos os niveis em todos e tudo com que me relacionava - mesmo ate' o Tripping, ficou meio abandonado. Esta fase e' temporaria e em breve, a nova rotina se instalara'.
Entretanto acabei de receber, uma noticia que me vai aliviar um pouco o stress e a tensao resultantes da corrida contra o tempo. A minha partida para o novo destino foi adiada de uma semana (Bendito sejam as festividades islamicas!). Agora vou puder encaixotar a vida com mais calma e quem sabe ate' actualizar o tripping com os posts prometidos de eventos que importam (para mim) de aqui serem registados e porque nao compartilhados.
O relogio nao para, esta' na hora de premir a tecla "Publish", limpar o computador, desliga'-lo, por os objectos pessoais no caixote, tirar as ultimas fotografias com os colegas (parece-me que e' uma tradicao e nao os quero decepcionar agora no fim),
dizer adeus e partir...

Monday, October 02, 2006

Um inicio num fim...

Ha' ja' algum tempo que tinha deixado de te procurar.
Inicialmente porque nao sabia o que realmente queria e nem mesmo mais tarde, quando a tua imagem se tornou mais bem defenida, porque deixei de ter ilusoes que os requesitos criados por nos, nao se encontram disponiveis, como um produto nas prateleiras dum supermercado. E ainda muito menos quando se vive no seio duma cultura tao diferente da nossa - pensava eu.
Nao e' que essa constatação me causasse algum desconforto, antes pelo contrario, a vida continuava a sorrir-me.
Tinha finalmente - pensava eu - atingido a serenidade necessaria para encarar a vida de forma mais realista, mesmo ate' aceitando bem a ideia de que o conceito de "alma-gemea", nao era mais do que um ideal, apenas visionado por nos todos.
Paralelamente a este processo de crescimento interior, sem nunca me ter posto grandes questoes, via-te de vez em quando ca' fora no meu mundo exterior, ao longe, no teu proprio mundo com os teus amigos. Observava-te e admirava-te nao so' pela tua beleza fisica - essa e' obviamente visivel - mas tambem pela boa energia que emitias. Nas varias vezes que os nossos olhares se cruzaram, sentia vinda de ti, uma energia tao forte que me deixava quase paralisado. Os meses foram-se passando, talvez 2 ou 3 anos e apesar de querer, estava demasiadamente distraido, nunca conseguindo vencer as barreiras emocionais e contextuais que me impediam de me aproximar de ti.
O que eu via em ti era demasiadamente especial, para eu me aproximar, naquele espaco com musica e apinhado de gente. Nao queria que o nosso encontro fosse apenas um encontro banal, daqueles que acontecem nas discotecas e bares entre copos e pistas de dancas... Preferia continuar a te observar ate' que o momento certo se proporcionasse naturalmente.
Sabado passado era a minha festa de despedida. A minha ultima noite nesse espaco onde te via de vez em quando, ao longo dos ultimos dois ou tres anos. Por coincidencia, ou talvez nao, foste a primeira pessoa que vi quando entrei. De novo apenas se deu a troca de olhares e de sorrisos e de novo uma certa tensao se apoderou de mim. Dirigi-me ao bar, pedi um bebida e subi ao andar de cima. Ja' nao me recordo como se passou exactamente, so' me lembro que passado algum tempo estavas ao meu lado e nessa altura, sabia que apesar do sitio nao ser o melhor, pensei e agi rapido de modo a evitar uma grande conversa. Disse-te que em breve ia deixar o país e que gostava de te dizer algo antes de partir, mas ali nao era o sitio ideal e por isso preferia te enviar um email. Tu sorriste e foste-te embora para voltar logo de seguida com um papelinho com o teu email. Conversamos um pouco ou pelo menos tentamos e o pouco que te disse senti que ja' o sabias. Os amigos, a musica e a ocasiao, acabou por nos distrair e de novo nos separamos, mas desta vez fiquei contente por saber que finalmente te iria poder dizer o que queria ha' muito tempo.
Mais tarde voltamos-nos a encontrar e entre a conversa casual, disseste-me que foste ver o filme canadiano "Crazy" e confessaste-me que choraste durante o filme. Fiquei curiosissimo para ir ver o filme, ficando com uma certeza de que vou gostar. A conversa tomou um rumo interessante, de relacoes inter-pessoais, falei-te do livro "Uma Casa no Fim do Mundo" e tu falaste-me do livro que andas a ler, depois descobrimos que afinal tinhamos lido muitos livros em comum e que as interpretacoes pessoais que ambos tinhamos eram concordantes. 'A medida que a conversa prosseguia, mesmo ao som altissimo da musica, ia descobrindo em ti caracteristicas que eu nunca imaginei que existissem em ti. Caracteristicas que eu admiro e de certa forma procuro nos outros e julgava (por experiencia propria) erradamente, inexistentes ou pelo menos rarissimas em pessoas com um perfil semelhante ao teu. Depois de ter conversado contigo, percebi de onde vinha a tua boa energia e da forma como te relacionas com a vida...

Vou parar por aqui com o relato dessa noite, supostamente planeada para marcar um fim acabou acabou por marcar um comeco... nao sei bem de que mas sei que foi o inicio de algo que mexeu comigo.
O resto da noite foi a evolucao do processo de conhecimento recíproco e uma sucessao de admiracoes e quase espantos, 'a medida que iamos descobrindo o quanto os nossos mundos interiores se tocam... quase perfeito demais para ser real!

Desde ontem de manha, quando te deixei 'a porta da tua casa, ando a pensar que talvez esse tal conceito de "alma-gemea" existe mesmo e que aquela estoria Arabe que diz que somos meia-laranja e que algures existe a outra meia que nos fara' sentir completos, tem sentido!

Sera' que logo agora que estou de partida para longe, encontro aqui quem eu sempre procurava?!
Porque nao estive mais atento aos sinais que pressentia e nao agi mais rapidamente?
Deverei desviar o meu caminho ja' tracado, voltar para traz para ficar mais perto de ti?
Um nao acabar de questoes, para as quais tenho que arranjar respostas de imediato, quase que me atormentam... pois sei que o tempo nao para.
A vida - marota que e'- pregou-me esta partida de surpresa, quando menos esperava... e eu ainda nao estou bem a ver o que ela me quer dizer com isto...


walking home around 05:30 am:

- Butterfly... you know butterfly?!
- a movie... a book?
- No, just butterfly... you remind me of butterflies
- Oh... how come?!
- butterflies are human soul...
(...)




I didn't know that, thank you!

Tuesday, September 26, 2006

Madonna's Concert in Amsterdam - part I - A Aparicao da Nossa Senhora

Vamos la' tentar animar aqui um pouco este espaco para nos distrair a atencao deste periodo caotico que actualmente atravessa.
Para isso, recordaremos nos proximos posts, momentos intensos de adrenalina e celebracao da vida, testemunhados no passado dia 4 de Setembro, na arena do Ajax, em Amsterdam, durante o concerto da Madonna, "Confessions Tour"
Esta serie de posts que hoje se inicia, tem como objectivos de registar aqui o testemunho desse grande e fantastico espetaculo, bem como de tentar transmitir um pouco das fortes emocoes sentidas durante esse espetaculo.

Photobucket - Video and Image Hosting'A partida, Amsterdam - cidade escolhida por conveniencia de datas, para assistir a mais um concerto da Madonna - apresentava-se-me como um local menos adequado ao culto da nossa dama, quando comparado 'as extravagancas que Nova York ofereceu na noite do 20 de Junho de 2004, no seu concerto Reinvention Tour, mas para surpresa minha, e ainda bem, estava errado!
De facto, os espectadores que se dirigiam ao estadio do Ajax, estavam na sua grande maioria vestidos discretamente. Viam-se muitos chapeus de cow-boys e algumas material girls, mas nada comparado com o desfile visto na referida noite em Nova York a caminho do Madison Square, de variadissimas formas de "madonnas-wanna-be's". Photobucket - Video and Image Hosting
Em Nova York, o espetaculo iniciou-se ca' fora, muito antes de se entrar para o estadio, descendo um pouco de intensidade logo 'a entrada e durante o tempo de espera, devido 'as regras rigidas de ordem e controle. Ja' em Amsterdam, passou-se o contrario, ca' fora, nao havendo muito a salientar quanto a personagens trajados de Madonnas, o espetaculo iniciou-se com muita energia, imediatamente quando se entrou no estadio onde nos esperava um oceano de gente a curtir um som fantastico, criacao dum dj cujo nome nao registei. O ambiente era quase o de uma rave gigantesca e as regras de consumo de alcool, tabaco e afins, eram muito semelhantes 'as duma rave. O controle de seguranca era adequado e desprovido da quase paranoia, encontrada em Nova York, sendo permitido o porte e uso de maquinas fotograficas e de filmar. O tempo de espera de praxe, nao foi pesado, antes pelo contrario, contrariou em cheio o tema que a certa altura reza "...time goes by so slowly..."
No meio da euforia e da boa musica, houve momentos que nem na Madonna se pensava...

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Ate' que por volta das 21H, (1 hora depois da hora prevista do inicio do concerto), o dj calou-se... o publico excitou-se... o estadio arroseou-se... e dessa luz rosa emergiram cavalos de corrida - eram os primeiros indicios de que algo extrordinario estava para acontecer...

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De repente as luzes apagaram-se, e la' ao longe ouvia-se uma voz que verbalizava palavras que faziam sentido. De respiracao suspensa, o estadio calou-se mas a tensao sentia-se a crescer.

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Depois fez-se luz novamente e eis que se inicia o milagre - do ceu viu-se uma bola de cristal a descer sobre a terra, que depois se abriu em forma de petalas de flor e de la' saiu uma muher linda, com uma doce voz a cantar palavras de encantar...



I'm gonna tell you about love
Let's forget your life
forget your problems...




Era ela, Madonna in personna!!!


A tensao rebentou por todos os lados e de todas as formas e foi um extase explosivo de duracao prolongada...

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Naquele momento, ao sentir e ser involvido por uma energia fantastica de milhares de gentes ao assistir 'aquela Aparicao, deu para imaginar o "high" que algumas pessoas sentiram, numa aldeia da Beira Litoral a 13 de Outubro de 1917, ao assistirem a um espetaculo algo de equivalente para a epoca e para os tempos de entao!

O extase continua...

First 4 photos by Nic - Amsterdam, Sep.2006
Other photos (Fotos da aparicao) from here.

Thursday, September 21, 2006

Antes do fim...

Nao, nao e' ainda o fim do Tripping, e' apenas a mudanca da sua sede. Ate' la', ha' uma travessia entre dois mundos a fazer, que inevitavelmente esta' a provocar caos e dai' esta descontinuidade aqui pressentida.
Ja’ aqui tenho dito que sinto um enorme desalento, quando tenho de fazer face ao fim e logo que a vida nao e’ mais do que uma sucessão de fins, que nos conduzem a novos inicios... mas mesmo sabendo isso, nao me habituo...
E quando se trata de um fim colectivo - ou seja o fim de muita coisa ao mesmo tempo, quase de tudo o que nos rodeia no presente - e temos que partir para longe, para comecar de novo, o desconforto e’ ainda mais penoso.
E' um desses fins que se me avizinha. Vou deixar Taiwan, o comboio vai comecar a andar e vou ter de partir para outras paragens, fazer andar outros comboios.
Por razoes profissionais e por uma boa dose de curiosidade, em breve deixo Taiwan e mudo-me para Qatar. Nao deveria estar triste, pois tal como o Helder Blayer disse: -

“Quando for grande, quero dar a volta ao mundo. Foi sempre um desejo meu, desde pequeno. Conhecer terras, gentes, costumes e sei lá mais o quê.(...)”
Helder Blayer "Opramim" 1997 - Açores, Ponta Delgada
(texto publicado na internet em link desconhecido, cujo autor encontrei a sua galeria de fotos aqui)

- tambem eu sempre quis ver o mundo, e isso sei que e' impossivel de se realizar sem partir e sem chegar.
Sei tambem que quando se chega a um sitio novo, acabamos por passar pelas etapas que aqui descrevi: “Integracao Cultural - da "Honey Moon Period" 'a Aculturacao”.
E mesmo sabendo e experimentando isso varias as vezes, ainda nao aprendi a ser insensivel aos dias que antecedem ‘a partida, ao abandono e ao fim...

Monday, September 11, 2006

Tudo tem um fim...

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Manhattan

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"And in the evening, please don't touch the stars."

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On the Observation Deck


1st and 3rd photos: A NYC August afternoon in the 80's.
2nd photo: free pamphlet given during the WTC visit.

Thursday, August 17, 2006

Wednesday, August 16, 2006

fim do dia na birmania

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Termina aqui este passeio pela Birmania, que iniciamos aqui.
Para fechar esta serie, escolhi em alusao ao titulo do post, um fim do dia na Birmania e a minha foto preferida desta viagem:

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photos by Nic @ Burma - April 1998